Hoje estou inaugurando um novo tema na Saga Literária (A História da Literatura) que fará parte do tópico Sobre História. Todos os meses postarei dois artigos sobre o tema, 1 - Postagem da biografia de um escritor e 2- Sobre a história da literatura desde os seus primórdios. O homenageado do mês de janeiro é o fantástico escritor J. R. R. Tolkien que nasceu no dia 03 de janeiro de 1892.
John Ronald Reuel Tolkien,
conhecido internacionalmente por J. R. R. Tolkien (Bloemfontein, Estado Livre
de Orange, atual África do Sul, 3 de janeiro de 1892 — Bournemouth, Inglaterra,
Reino Unido, 2 de setembro de 1973), foi um premiado escritor, professor
universitário e filólogo britânico, nascido na África, que recebeu o título de
doutor em Letras e Filologia pela Universidade de Liège e Dublin, em 1954, e
autor das obras como O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion.
Tolkien nasceu em Bloemfontein,
na República do Estado Livre de Orange, na atual África do Sul, e, aos três
anos de idade, com a sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal
de seus pais. Desde pequeno fascinado pela linguística, fez a licenciatura na
faculdade de Letras em Exeter. Participou ativamente da Primeira Guerra
Mundial, e logo depois começou a escrever os primeiros rascunhos do que se
tornaria o seu "mundo secundário", complexo e cheio de vida,
denominado Eä, palco das suas mundialmente famosas obras como O Hobbit, O
Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, postumamente
publicada, que é considerada a sua principal obra, embora não a mais famosa.
Tornou-se filólogo e professor
universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos
maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e
de inglês e literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo
precedido de outros célebres escritores de fantasia e ficção, tais como Júlio
Verne, Edgar Rice Burroughs, Robert E. Howard, E. R. Eddison e William Morris,
devido à grande popularidade do seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o
"pai da moderna literatura fantástica, e é amplamente considerado como um
dos maiores e sem dúvida o mais bem sucedido autor da literatura fantástica de
todos os tempos.
As suas obras foram traduzidas
para mais de cinquenta idiomas, vendendo mais de 200 milhões de cópias e
influenciando continuadamente gerações e gerações. Em 2008, The Times listou
Tolkien como o sexto entre os maiores escritores Britânicos desde 1945. Em
2009, a revista Forbes listou as 13 celebridades mortas que mais lucraram no
respectivo ano. Tolkien alcançou a quinta posição, com ganhos estimados em 50
milhões de dólares.
Recuando no passado até onde se
pode, a maioria dos parentes paternos de Tolkien eram artesãos. A família teve
origem na Saxônia (Alemanha), mas viveu na Inglaterra desde o século XVII,
tornando-se "rápida e intensamente inglesa (mas não britânica)".
O sobrenome Tolkien é um
anglicismo de Tollkiehn (em alemão, tollkühn, temerário, imprudente, que em uma
tradução etimológica deveria ser dull-keen, algo como estúpido-sagaz, uma
tradução literal de oxímoro; no conto The Notion Club Papers, Tolkien cria um
personagem com o nome John Jethro Rashbold, fazendo piada com o seu próprio
nome, já que Jethro e Reuel são nomes do mesmo personagem bíblico, o sogro de
Moisés). Mesmo sendo um Tolkien, considerava-se mais um Suffield (a sua família
materna) do que propriamente um Tolkien.
Aos três anos parte, com a sua
mãe, Mabel Suffield, dona de casa, e com o seu irmão, Hilary Arthur Reuel
Tolkien, para a Inglaterra, onde pretendiam passar apenas uma temporada, devido
a questões de saúde de Mabel e dos seus filhos, mas, devido à morte de seu pai,
eles ali permaneceram por toda a vida. O pai, Arthur Tolkien, um bancário que
trabalhava para o Bank of Africa, contraiu febre reumática e morreu em 1896 no
Estado Livre de Orange, antes de poder juntar-se à família, e foi enterrado na
África. Em 1900 a situação financeira da família complicou-se. Mabel Suffield
fazia parte da Igreja Anglicana, e quando decidiu tornar-se católica, a sua
família cortou a ajuda financeira que lhe dava, e assim ela morreu, por
diabetes, sem tratamento na época. Tolkien, que considerava esse fato um
sacrifício da mãe em nome da fé, converteu-se ao Catolicismo, religião na qual
permaneceu até o fim da vida, tornando-se um católico fervoroso.
Tolkien e seu irmão foram
entregues então aos cuidados do Padre jesuíta Francis Xavier Morgan, que
Tolkien mais tarde descreveu como um segundo Pai, e aquele que lhe ensinara o
significado da caridade e do perdão. Conheceu Edith Bratt em 1908, quando ele e
seu irmão Hilary foram alojados no mesmo local que a jovem, três anos mais
velha, e os dois começam a namorar às escondidas. Entretanto, o seu tutor, o
Padre Francis Morgan, descobriu a situação e, acreditando que este
relacionamento fosse prejudicar a educação do rapaz, proibiu-o de vê-la até que
completasse vinte e um anos, quando Tolkien alcançaria a maioridade. Na noite
do seu vigésimo primeiro aniversário, Tolkien escreveu a Edith, e convenceu-a a
casar-se com ele, apesar de ela já estar comprometida, e também a converteu ao
catolicismo. Juntos eles tiveram quatro filhos: John Francis Reuel Tolkien
(1917–2003), Michael Hilary Reuel Tolkien (1920-1984), Christopher John Reuel
Tolkien (1924-) e Priscilla Anne Reuel Tolkien (1929-).
Tolkien era um pai dedicado. Essa
característica mostrava-se bastante clara nos livros, muitas vezes escritos para
os seus filhos, como Roverandom, escrito quando um deles perdeu um cachorrinho
de brinquedo na praia. Além disso, Tolkien mandava todos os anos cartas do
Papai Noel quando os filhos eram mais jovens. Havia mais e mais personagens a
cada ano, como o Urso Polar, o ajudante do Papai Noel, o Boneco de Neve,
Ilbereth (um nome semelhante ao da rainha Elbereth, a Valië), sua secretária, e
vários outros personagens menores. A maioria deles contava como estavam as
coisas no Polo Norte. Mestre Gil de Ham foi também uma história contada para
entreter os filhos.
Ilustração de Tolkien quando serviu na Primeira Guerra Mundial
A infância de Tolkien teve duas
realidades distintas: a vida rural em Sarehole, ao sul de Birmingham, lugar que
inspirou o famoso Shire (Condado), e o período urbano, na escura Birmingham,
onde iniciou os seus estudos. Nesta frase Tolkien fala sobre Sarehole: “ A ancestral Sarehole há muito que se
foi, engolida pelas estradas e por novas construções. Mas era muito bonita, na
época em que vivi lá… ”
Ainda criança, mudou-se para
King's Heat, numa casa próxima de uma linha de trem. Foi aí que ele começou a
desenvolver uma imaginação linguística, motivada pelos estranhos nomes das
estações do percurso, tais como Nantyglo, Perhiwceiber e Seghenydd. Sua infância
foi muito marcada pelos contos de fadas, que estimularam sua imaginação para o
Faërie, o Belo Reino, como ele se referia ao mundo dos seres fantásticos. Em
1900, a sua mãe abraçou a religião católica, fato que o influenciou
profundamente, mesmo sem a menção direta de Deus na sua obra (Tolkien
representa Deus por Eru, o qual cria todo o Universo e os seres que lá
habitam). Tolkien disse que os mitos não-cristãos guardavam em si elementos do
Grande Mito, o Evangelho, que refletiam o Mundo Primário, isto é, o mundo real,
fato este que não vai contra a Igreja Católica.
A sua mãe Mabel mostrou-lhes, a
ele e ao seu irmão, os contos de fadas em línguas como o latim e o grego. Desde
a morte da mãe, quando os irmãos passaram aos cuidados de Francis Morgan, o
rapaz dedicou-se aos estudos demonstrando grande talento linguístico. Estudou
grego, latim, línguas antigas e modernas, como o finlandês, que serviu de base
para criação do idioma élfico Quenya e o galês, base para o outro idioma
élfico, o Sindarin. Em 1905 os órfãos mudaram-se para a casa de uma tia em
Birmingham. Em 1908 deu início à carreira acadêmica, ingressando no Exeter
College, da Universidade de Oxford.
Em 1914, ano em que começou a
Primeira Guerra Mundial, Tolkien ficou noivo de Edith Bratt. No ano seguinte,
recebeu, com honras, o diploma de licenciatura em Literatura em Língua Inglesa.
A graduação e os méritos não o libertaram da convocatória militar e, em 1916,
depois de casar-se com Edith Bratt, foi chamado para a guerra. Tolkien sobreviveu
à Batalha do Somme , uma malsucedida incursão na França, onde morreram mais de
500 mil combatentes. Em 1917 nasceu o seu primeiro filho, John Francis Reuel
Tolkien (mais tarde o padre católico John Tolkien) e no ano seguinte, depois de
contrair tifo, J.R.R.Tolkien foi enviado de volta a Inglaterra. Foi neste
período que iniciou o Livro dos Contos Perdidos (The Book of Lost Tales), que
mais tarde se converteu n'O Silmarillion, em 1919, quando ele retornou a
Oxford.
Depois do fim da guerra, Tolkien
dedicou-se ao trabalho acadêmico como professor, tornando-se um grande e
respeitado filólogo. Nesta mesma época ingressou na equipe formada para
preparar o New English Dictionary, o equivalente inglês do dicionário
brasileiro Aurélio. O projeto já havia chegado à letra W, e o seu supervisor,
impressionado com o trabalho de Tolkien, afirmou que: "Seu trabalho dá
provas de um domínio excepcional de anglo-saxão e dos fatos e princípios da
gramática comparada das línguas germânicas. Na verdade, não hesito em dizer que
nunca conheci um homem da sua idade que se igualasse a ele nesses
aspectos."
Mas foi só em 1925, depois do
nascimento de seus filhos Michael Hilary Reuel Tolkien (1920) e Christopher
John Reuel Tolkien (1924) que Tolkien publicou o seu primeiro livro, ao lado de
E. V. Gordon: Sir Gawain & the Green Knight, baseado em lendas do folclore
inglês. A sua filha mais nova, Priscilla Anne Reuel Tolkien, nasceria cinco
anos mais tarde.
Tolkien foi muito ligado a
sociedades. Nas que participou, a literatura era o tema fundamental, algo que o
ajudou na criação de suas obras, pois nestas sociedades encontrou seu primeiro
público e encorajadores. Em sua juventude, a sua primeira sociedade foi a
T.C.B.S. (Tea Club, Barrowian Society), formada por Tolkien e três amigos. Não
era dedicada apenas a literatura, mas ela estava presente. A Primeira Guerra
Mundial dissolveu o grupo, matando Rob Gilson, e algum tempo depois G. B.
Smith. Os dois restantes, Christopher Wiseman (inspiração para o nome do
terceiro filho de Tolkien) e Tolkien, foram amigos até o fim da vida de
Wiseman. A frase a seguir é de G.B.Smith, pouco depois da morte de Rob Gilson “A
morte pode nos tornar repugnantes e indefesos como indivíduos, mas não pode
acabar com os quatro imortais!”
Anos depois, fundada por Tolkien,
The Coalbiters se dedicava à literatura nórdica, muito apreciada por Tolkien,
que incluía Beowulf e o Kalevala, por exemplo. Chamavam-se de Kolbitars, ou,
"homens que chegam tão perto do fogo no inverno que mordem carvão", o
que originou no nome Coalbiters (mordedores de carvão). Entre seus membros
estavam R. M. Dawkins, C. T. Onions, G. E. K. Braunholz, John Fraser, Nevill
Coghill, John Bryson, George Gordon, Bruce McFarlane e C. S. Lewis, autor das
As Crônicas de Nárnia.
Outro grupo de que participava
era chamado The Inklings, também dedicado à literatura, que se reunia no pub
The Eagle and Child (em português A Águia e a Criança) que os integrantes
chamavam O Pássaro e o Bebê (The Bird and Baby em inglês). Os Inklings incluíam
C. S. Lewis e seu irmão H. W. Lewis, Charles Williams, Owen Barfield e Hugo
Dyson. Cristão convicto e católico apostólico romano, Tolkien foi amigo íntimo
de C.S. Lewis (protestante), autor de “As Crônicas de Nárnia”, ambos membros do
grupo de literatura The Inklings. Juntos
planejaram, na década de 1940, escrever um livro sobre a língua, que seria
publicado na década seguinte. O livro, que se chamaria "Linguagem e
Natureza Humana", no entanto, nunca chegou a ser publicado. Tolkien e
Lewis foram grandes amigos durante décadas, até que a amizade se desgastou em
razão de diversos motivos. Na época da morte de Lewis (em 1963) eles já não se
falavam por quase dez anos. A amizade entre os dois escritores foi explorada no
livro “O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis”. A publicação de O Senhor dos
Anéis foi muito incentivada por Lewis, que aliás foi um dos primeiros a ouvir a
história, juntamente com Christopher Tolkien. Tolkien jamais deixou de admirar
Lewis como amigo, embora não gostasse da maioria de seus livros, em especial As
Crônicas de Nárnia, que entendia como sendo alegórico e infantil demais.
A ideia de seu primeiro grande
sucesso, O Hobbit, surgiu em 1928, enquanto Tolkien examinava documentos de
alunos que queriam ingressar na Universidade e Tolkien contou que: “Um dos
alunos deixou uma das páginas em branco – possivelmente a melhor coisa que
poderia ocorrer a um examinador – e eu escrevi nela: Em um buraco no chão vivia
um hobbit, não sabia e não sei por quê.” Foi a partir desta frase que ele
começou a escrever O Hobbit, somente dois anos depois, mas o abandonou no meio.
Tolkien emprestou o manuscrito
incompleto para a Reverenda Madre de Cherwell Edge na época, quando esta estava
doente, e ele foi visto por Susan Dagnall, uma bacharel de Oxford, que
trabalhava para Allen & Unwin (comprada em 1990 pela Editora Harper
Collins) e analisado depois por Rayner Unwin (filho de Stanley Unwin, fundador
da Allen & Unwin, na época com 10 anos de idade) que ficou maravilhado com
a história. Dagnall ficou tão encantada com o material que encorajou Tolkien
para que ele terminasse o livro, e em 1937 é publicada a primeira edição de O
Hobbit. A saga do hobbit Bilbo – um ser
baixo, pacato, de pés peludos e grandes, que se aventura na Terra Média ao lado
do mago Gandalf e mais treze anões – teve tanto sucesso que Tolkien foi sondado
para novas aventuras. Tolkien oferece O Silmarillion, que ele considerava a sua
principal obra, pese embora o fato de que, mesmo hoje, não seja a mais
conhecida. Stanley Unwin preferiu não arriscar e não publicou a obra. Mesmo depois
da recusa, Tolkien concordou em continuar a saga dos hobbits e começa a dar
forma a uma nova obra, que lhe consumiu doze anos de trabalho desde os
primeiros rascunhos até a sua conclusão, mas que o tornaria um dos mais
conceituados escritores de todos os tempos: O Senhor dos Anéis.
C. S. LEWIS - Foi um dos grandes amigos de Tolkien
O elo para a nova aventura surge
no Anel que Bilbo rouba de Gollum em O Hobbit. Os primeiros rascunhos da obra
datam de 1937, mas devido ao seu perfeccionismo, que o impelia a ter de fazer
vários rascunhos para cada uma de suas obras, foi somente em 1949 que O Senhor
dos Anéis foi para as mãos de sua editora. Durante este longo tempo, Tolkien
também escreveu Leaf by Niggle em que o autor se manifesta de forma
autobiográfica, projetando-se em Niggle, com suas dúvidas sobre o trabalho que
estava escrevendo, "O Senhor dos Anéis", e sua relevância. Em
princípio o texto foi recusado, pois a ideia de Tolkien era lançar dois
volumes, sendo eles "O Silmarillion" e "O Senhor dos
Anéis", já que ele os considerava interdependentes e indivisíveis.
Entretanto o editor da Collins, uma outra editora, havia gostado da ideia e
começou a encorajar Tolkien a publicar os livros pela editora Collins. Depois
de grande atraso na publicação, Tolkien perde a paciência e desiste do acordo.
Posteriormente, após algumas conversas com Rayner Unwin (já adulto e
trabalhando na empresa do pai, Rayner foi um dos que recebiam os rascunhos de
"O Senhor dos Anéis" de Tolkien ao longo de sua composição), a
decisão da Allen & Unwin foi reconsiderada e, em 1954, foram publicados os
dois primeiros volumes (A Sociedade do Anel e As Duas Torres). Em 1955 foi
publicado o terceiro e último volume (O Retorno do Rei). A ideia original era
lançar a obra toda num único volume, mas para baixar os custos de impressão,
foi dividida em três volumes.
Esse livro consolidava então o
que Tolkien chamava de Mundo Secundário, com novas normas, novos povos, uma
realidade à parte: Arda, o cenário de uma das maiores obras literárias de todos
os tempos. "Arda" é a Terra, povoada por seres fantásticos, como os
Valar, os Maiar, e os mais conhecidos, hobbits, elfos, anões, trolls, orcs e
cercada de mistérios e magia, ele disse: “Criei um Mundo Secundário no qual sua mente
pode entrar. Dentro dele, tudo o que ele relatar é "verdade": está de
acordo com as leis daquele mundo. Portanto, acreditamos enquanto estamos, por
assim dizer, do lado de dentro.” Apesar
dos ataques da crítica, o livro teve grande sucesso dos dois lados do
Atlântico, mas seus livros só alcançaram a classe de culto nos anos 60, devido ao
fato de sua obra ter se tornado quase uma obsessão entre os universitários dos
Estados Unidos, com a chegada de uma edição pirata norte-americana nesse país.
O nome de Tolkien ganhou
notoriedade mundial, fato este que provocava mais transtornos que prazer ao
autor, pois visitantes excêntricos afluíam ao seu encontro: fãs
norte-americanos telefonavam-lhe durante a madrugada sem se lembrar do fuso
horário por exemplo. Tais fatos tiveram grande peso em sua decisão de se mudar
para Bournemouth.
Tolkien era um homem apaixonado
por idiomas. Quando criança se encantava com nomes galeses que via nos
caminhões de carvão. Com suas primas aprendeu rapidamente uma língua artificial
e bem simples criadas pelas garotas, chamada Animálico, com base nos nomes de
animais. Juntos criaram outra língua, uma mistura de vários outros idiomas.
Chamava-se Nevbosh, traduzido como Novo Disparate. Mais tarde criou o Naffarin,
mais complexa e baseada na língua de seu tutor padre Francis Morgan: o
espanhol. Tolkien, em dezembro de 1910, tornou-se aluno do curso de literatura
clássica na Universidade de Oxford, onde obteve uma bolsa de estudos do Exeter
College, mas desinteressou-se por este curso e começou a gastar mais tempo no
estudos de filologia, sendo orientado por Joseph Wright, um dos grandes
pesquisadores britânicos desta ciência e grande conhecedor do tronco
linguístico indo-europeu. Pediu transferência para a Honour School of English
Language and Literature, onde teve um notável melhoria de notas, devido ao seu
interesse pela filologia germânica.
Desde criança já tinha
conhecimentos de línguas clássicas como grego e o latim, e mais tarde com o
espanhol. Sempre achou o italiano muito elegante e, é claro, o inglês e o
anglo-saxão o fascinavam. O francês não o cativava tanto, apesar de ser (como
ainda é) aclamada como uma belíssima língua. Quando se deparou com a língua
finlandesa ele se encantou, e usou a sua gramática, juntamente com a galesa,
como base para as línguas que mais tarde apareceriam em seus livros, pois são
línguas de gramática complexa e vasto vocabulário. Línguas que seriam estudadas
a fundo por muitos de seus fãs: o Quenya, cujo exemplo máximo é expressado pelo
poema Namárië, e o Sindarin, este último baseado no galês, as Línguas Élficas,
todas movidas pelo som bonito (eufonia) e pela estética, como o "Repicar
dos sinos" dizia ele.
Foi baseado nestas línguas que Tolkien começou a desenvolver o seu mundo. Para ele, primeiro vinha a palavra, depois a história. A composição para ele não era um passatempo (como foi acusado na época), mas um trabalho filológico. Ele criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e lendas para rodeá-las. Tolkien, consciente da língua como um organismo mutável, totalmente relacionado com as histórias de um povo, afirmou certa vez que: “ O Volapuque, Esperanto, o Ido, o Novial, são línguas mortas, mais mortas do que antigas línguas sem uso, porque seus inventores jamais criaram lendas para acompanhá-las.” Mais tarde afirmou num artigo sobre filologia: “ Meu conselho a todos que dispõem de tempo ou inclinação a se ocuparem com o movimento por uma língua internacional, seria: "Apoiem lealmente o Esperanto".
Foi baseado nestas línguas que Tolkien começou a desenvolver o seu mundo. Para ele, primeiro vinha a palavra, depois a história. A composição para ele não era um passatempo (como foi acusado na época), mas um trabalho filológico. Ele criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e lendas para rodeá-las. Tolkien, consciente da língua como um organismo mutável, totalmente relacionado com as histórias de um povo, afirmou certa vez que: “ O Volapuque, Esperanto, o Ido, o Novial, são línguas mortas, mais mortas do que antigas línguas sem uso, porque seus inventores jamais criaram lendas para acompanhá-las.” Mais tarde afirmou num artigo sobre filologia: “ Meu conselho a todos que dispõem de tempo ou inclinação a se ocuparem com o movimento por uma língua internacional, seria: "Apoiem lealmente o Esperanto".
Criou várias outras línguas (como
o Khûzdul e o Valarin), mas nenhuma tão elaborada quanto as duas élficas.
Também desenvolveu alguns sistemas de escrita, as Angerthas (ou runas) e as
Tengwar. Acreditava que uma língua bonita devia ter também um alfabeto
elegante. Além do inglês, Tolkien conhecia cerca de dezesseis outros idiomas (à
exceção dos criados por ele mesmo) que eram os seguintes: grego antigo, latim,
gótico, islandês antigo, sueco, norueguês, dinamarquês, anglo-saxão, médio
inglês, alemão, neerlandês, francês, espanhol, italiano, galês e finlandês.
Quando O Hobbit foi traduzido
para o islandês, Tolkien ficou encantado, porque, além de esta ser uma de suas
línguas favoritas, ele achava que o livro combinaria muito com ela. Muitos nomes,
como Gandalf, foram retirados do antigo islandês. Na época, o próprio Tolkien
se ofereceu para fazer a tradução, ou ao menos supervisioná-la, quando sua obra
foi publicada na Islândia pela primeira vez na língua local.
Se por um lado Tolkien exerceu
grande influência na era da informática, por outro, isso bate de frente com a
visão nostálgica e radical do autor. Ele sempre foi avesso a trens, automóveis,
televisão e comida congelada, à indústria em si. Tolkien acreditava que essa
dominação e controle que a tecnologia moderna exerce sobre o Homem, mesmo que
usadas para o bem, "trazem sofrimento à criação" (referindo-se ao seu
Mundo Secundário). Este ponto de vista foi criado devido a sua experiência como
veterano da Primeira Guerra Mundial e pai de rapazes que lutaram na Segunda
Guerra Mundial, e ele não alimentava mais a ilusão do papel benéfico e salvador
do desenvolvimento das tecnologias. Com esse pensamento, ele coloca o problema da
tecnologia no coração de O Senhor dos Anéis. O Um Anel é o instrumento máximo
do poder. Poder esse que até Gandalf preferiu não arriscar, deixando o fardo
para Frodo. E cabe ao pequeno hobbit o dilema da saga: ter o poder não é
possuir o Um Anel, e sim destruí-lo. Frodo deve então renunciar ao poder porque
ele corrompe. Só assim ele será capaz de destruir Sauron.
Ao longo de toda a vida,
especialmente a partir de 1957, em várias oportunidades Tolkien foi abordado
por empresários e produtores de filmes. Porém o professor de Oxford sempre se
manteve contrário a adaptações de suas obras, até que por pressão do seu editor
e pela necessidade de dinheiro na época, acabou vendendo os direitos autorais
do Hobbit e O Senhor dos Anéis em 1969 para a United Artists.
Além de "O Hobbit" e
"O Senhor dos Anéis", foram publicados Sir Gawain and the Green
Knight (1925), Mestre Gil de Ham (1949), As Aventuras de Tom Bombadil (1963),
Smith of Wootton Major (1967) e Sobre Histórias de Fadas (1965) entre outros. O escritor então se aposenta e junto de sua mulher se
muda para Bournemouth. Com a morte de sua esposa em 19 de novembro de 1971,
após 55 anos de casamento, Tolkien refugiou-se na solidão, em um apartamento na
Universidade de Oxford. Numa carta ao seu filho Christopher, John Ronald Reuel
Tolkien escreveu, sobre a sua mulher Edith Bratt: “ [...] o cabelo dela era preto e sedoso, a pele clara, os
olhos mais brilhantes do que os que vocês viram, e sabia cantar… e dançar. Mas
a história estragou-se, e eu fiquei para trás, e não posso suplicar perante o
inexorável Mandos.[...].” No texto, Tolkien decide que no epitáfio de Edith
estaria escrito Lúthien. Lúthien é uma personagem de "O Silmarillion"
inspirada na esposa de Tolkien, como afirma o trecho da mesma carta: “É breve e
simples [o epitáfio], a não ser por Lúthien, que tem para mim mais significado
do que uma imensidão de palavras, pois ela era (e sabia que era) a minha
Lúthien [...] Nunca chamei Edith de Lúthien, mas foi ela a fonte da história
que, a seu tempo, se tornou parte de O Silmarillion.”
Lúthien era elfa, imortal, mas se
apaixona por um mortal, Beren. Ela então desiste da sua imortalidade. Ambos
enfrentam muito para ficar juntos e, quando ele morre, Lúthien vai até os
Palácios de Mandos, o guardião das Casas dos Mortos. Beren a aguardava nos
Palácios, e ela canta diante de Mandos que, então, se comove, a única vez em
toda sua existência, e permite que ambos voltem, como mortais. E assim foi. No
túmulo, abaixo do nome Edith Tolkien está escrito Lúthien, que, nas histórias,
é a mais bela das elfas, a mais bela dos Filhos de Ilúvatar. A história dos
dois está contada na Balada de Leithian.
Em 1972, J. R. R. Tolkien recebeu
o título de Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade de Oxford, e
conseguiu o seu último e mais importante título: a Ordem do Império Britânico,
dada pela Rainha Elizabeth, uma das maiores honras britânicas. No dia 28 de
Agosto de 1973 Tolkien sentiu-se mal durante uma festa, e na manhã do outro dia
foi internado, com uma úlcera e hemorragia. No sábado descobriu-se que tinha
uma infecção no peito. Aos 81 anos de
idade, então, nas primeiras horas do domingo de 2 de setembro de 1973, J. R. R.
Tolkien morre na Inglaterra. Enterrado junto com a esposa, no Cemitério de
Wolvercote, no túmulo feito de granito da Cornualha, abaixo do seu nome há a
inscrição Beren.
O obituário escrito no jornal The
Sunday Times dizia: “ Dois de Setembro de 1973,
Londres. J.R.R. Tolkien, linguista, estudioso e autor de sucesso, faleceu hoje
em Bournemouth. Ele tinha oitenta e um anos… ”
Após a sua morte, o seu filho
Christopher editou e publicou "O Silmarillion" (em 1977), além de nos
anos 80 e 90 lançar a série The History Of Middle-Earth (A História da
Terra-Média), uma gigantesca coletânea dividida em doze volumes, e Unfinished
Tales of Númenor and Middle-Earth (Contos Inacabados), sendo o seu livro mais
recentemente publicado Os Filhos de Hurin (ou Os Filhos de Húrin ou Narn i hîn
Húrin), também baseados em manuscritos do autor J.R.R. Tolkien, seu pai, livro
esse lançado em 2007. Em 1992, ano em que Tolkien completaria 100 anos, duas
árvores foram plantadas em seu tributo em Oxford pela Tolkien Society e pela
Mythopoeic Society, grupos de leitores e estudiosos de sua obra. Essas duas
árvores fazem alusão às Duas Árvores de Valinor, que davam luz a Valinor nos
Dias Antigos.
O Legado
Apesar de ter dado início em 1937
com O Hobbit, o livro infanto-juvenil, foi somente após o lançamento da
trilogia de "O Senhor dos Anéis" (1954-1955) que Tolkien passou a ser
conceituado por milhões de fãs. Em 1996, uma pesquisa feita pela livraria
londrina Waterstone's, que conta com mais de 200 lojas em toda Grã-Bretanha, em
parceria com o canal de televisão Channel 4, elegeu O Senhor dos Anéis como o
melhor livro do século e O Hobbit entre os vinte melhores. Uma outra pesquisa
mais recente, datada de 2003, feita pela BBC, perguntando às pessoas qual o
livro favorito delas, "O Senhor dos Anéis" ficou em primeiro, e
"O Hobbit" em vigésimo quinto. Foram vendidos mais de 50 milhões de
exemplares em vários países, traduzido para 34 idiomas, juntamente com legiões
de fãs que se dedicam a ler e estudar a obra do autor. O mundo artístico também
foi muito influenciado por Tolkien. O cinema (principalmente a trilogia "O
Senhor dos Anéis"), a música, o RPG (liderado pelo D&D), os desenhos
animados, a literatura, as histórias em quadrinhos, os jogos de computador e
até mesmo a Internet, com milhares de websites dedicados a sua obra sofreram
inúmeras influências do escritor frequentemente aclamado como o maior autor do
século XX em pesquisas de opinião.
Mesmo com o sucesso de "O
Senhor dos Anéis", Tolkien só se tornou uma celebridade por volta da
década de 1960, especialmente nos campus das universidades. Estes fãs tiveram a
mesma importância que os trekkers em Star Trek, os "star warriors" em
Star Wars e os "excers" em Arquivo X para tornar a obra de Tolkien
conhecida. Desde os encontros da primeira sociedade Tolkien, que se comunicava
através de frases em cartazes no metro de Nova York, a tolkienmania só cresceu
e continua a influenciar muita gente. No auge da contracultura, a obra era
considerada uma espécie de bíblia da Sociedade Alternativa. Com autocolantes
como "Frodo Vive" e "Gandalf para Presidente", os fãs se
reuniam para celebrar Tolkien. O público nessa época era composto, quase
sempre, por geeks da computação e hippies. A criação de mundos complexos como a
Terra-Média arejaram também a literatura ficcional, além de inaugurar um novo
gênero literário, a literatura fantástica, algo de que Tolkien sentia falta na
literatura. Muitos autores também criaram os seus mundos próprios e essa
realidade virtual criada por Tolkien foi o elemento-chave para a ficção
científica de Duna (de Frank Herbert), para a fantasia de A Cor da Magia (de
Terry Pratchett).
Talvez até para o universo de
Harry Potter de J. K. Rowling, tenha servido de base, apesar de Rowling gostar
muito da obra tolkieniana, ela declarou: “ Penso que, se deixarmos de lado o
fato de que os livros falam de dragões, varinhas mágicas e magos, os livros de
Harry Potter são muito diferentes, especialmente no tom. Tolkien criou toda uma
mitologia. Não penso que alguém possa dizer que eu tenha feito isso.”
Além disso, o autor David Colbert
escreveu em seu livro "O Mundo Mágico do Senhor dos Anéis" : “ Muitas pessoas tentam comparar J. R. R. Tolkien
e J. K. Rowling só porque ambos contam histórias sobre mundos imaginários
habitados por magos. Não há muita coisa semelhante entre suas histórias.”
Em 1974, Gary Gygax e Dave
Anderson arranjaram uma maneira de interagir com esta realidade e criaram o
Role-Playing Game (RPG) Dungeons & Dragons, um jogo de personificações com
temas fantásticos, inspirados na Terra-Média de Tolkien. Com o RPG foi possível
se aventurar no universo de orcs, anões, elfos, dragões e até os hobbits, os
Halflings do D&D, que mantêm muitas características dos Hobbits com leves
alterações. O RPG serviu de estímulo para o público explorar e conhecer novos
mundos. A própria Terra-média chegou a ter seu RPG, o MERP (Middle-Earth Role
Playing), em 1982. Na década de 1970, um
hacker fã de Tolkien deu uma ajuda ao programador do arcaico RPG Adventure. O
jogo foi transformado, ganhou o nome de Zork e virou hit entre os usuários da
Arpanet (embrião da Internet) porque estava cheio de referências ao mundo de
Tolkien.
Nos primórdios da rede, essas realidades virtuais ganharam uma versão
em texto, batizadas de MUD (Multi-User Dungeon/Dimension, que em português soa
algo como "Dimensão Multiusuários"). Hoje, graças aos avanços da
tecnologia, os MUD caíram em desuso e o que é sucesso são jogos multiplayer
como EverQuest, Última Online, Asheron’s Call, Warcraft e Kingdom Under Fire.
Todos têm em comum cenários fantásticos e referências às obras de Tolkien. A
Internet teve papel importante na propagação dos trabalhos do autor. Através
dela foi possível reunir fãs do mundo inteiro, que demonstram sua admiração e
discutem a política, sociedade, as línguas, a biologia e a história da
Terra-Média. Há milhares de sites dedicados aos trabalhos de Tolkien que trazem
ensaios, poemas, fan-fictions (contos de ficção escritos por fãs), sátiras,
críticas, notícias, grupos de estudos, de discussão, fóruns e humor.
Ao contrário dos
"trekkers" e dos "star warriors" que aprovam e incentivam
as sequências das obras originais em livros, filmes, seriados, produtos e
Histórias em quadrinhos, os fãs de Tolkien preferem manter seu próprio ponto de
vista sobre a obra. Com uma visão muito pessoal e particular da saga de Frodo,
os fãs não se arriscam a tocar na Terra-Média. E esse é um dos motivos que
impediram uma proliferação ainda maior do legado do autor. A única exceção
talvez seja o livro The Black Book of Arda, escrito por duas jovens russas no
início dos anos 90, que recontavam os acontecimentos de O Silmarillion, só que
do ponto de vista dos vilões. A influência de Tolkien também pode ser percebida
nas mais diversas formas de artes. Pintores como John Howe, Roger Garland, Ted
Nasmith, Alan Lee, Tim Kirk e os irmãos Hildebrandt entre outros figuram em
enciclopédias ilustradas e centenas de galerias de imagens na Internet. Eles
retratam de forma fantástica várias passagens e personagens dos livros.
Tolkien também marcou presença
nas Histórias em quadrinhos. Há influência dele em Bone, de Jeff Smith, e na
mega-série Elfquest, que já tem mais de vinte anos de publicação e conta a
história de um mundo recheado de elfos. A
obra do autor também marcou profundamente a música, principalmente estilos como
o hard rock, o new age e variantes do heavy metal. Milhares de canções de
bandas como Led Zeppelin, Blind Guardian, a banda sueca Za Frûmi’s (que compôs
uma música com uma versão modificada do idioma orc), Rush, Jethro Tull e
outras, são creditadas como de alguma forma associadas às obras de Tolkien.
Em 1978, o animador britânico Ralph Bakshi (o mesmo de Super Mouse e Gato Felix) adaptou "O Senhor dos Anéis" para o cinema num longa-metragem de animação de duas horas. Outras duas obras de Tolkien viraram longas animados para a TV inglesa: O Hobbit (em 1977) e O Retorno do Rei (1980), ambas criadas para especiais de TV e dirigidas por Jules Bass, o mesmo produtor de Thundercats e Silverhawks e codiretor do longa metragem Rudolph, a rena do Nariz Vermelho. O desenho animado Caverna do Dragão e o filme Dungeons & Dragons foram baseados no RPG D&D, e por isso também pode-se dizer que foram influenciados pela obra de Tolkien.
Em 1978, o animador britânico Ralph Bakshi (o mesmo de Super Mouse e Gato Felix) adaptou "O Senhor dos Anéis" para o cinema num longa-metragem de animação de duas horas. Outras duas obras de Tolkien viraram longas animados para a TV inglesa: O Hobbit (em 1977) e O Retorno do Rei (1980), ambas criadas para especiais de TV e dirigidas por Jules Bass, o mesmo produtor de Thundercats e Silverhawks e codiretor do longa metragem Rudolph, a rena do Nariz Vermelho. O desenho animado Caverna do Dragão e o filme Dungeons & Dragons foram baseados no RPG D&D, e por isso também pode-se dizer que foram influenciados pela obra de Tolkien.
Podem-se
citar outras produções cinematográficas como O Cristal Encantado (1982), A
História Sem Fim (1984), Labirinto (1986), A Lenda (1986), Willow – Na Terra da
Magia (1988) e Coração de Dragão (1996). Em 2011, foi anunciado que uma versão
cinematográfica do livro Mirkwood: A Novel About JRR Tolkien, que narra de
forma fácil a vida do autor, seria produzido e lançado em 2012.
Peter Jackson, um antigo fã de
Tolkien, dirigiu três filmes da saga, produzidos simultaneamente (divididos do
mesmo modo que os livros, lançados em 2001, 2002 e 2003), que lhe renderam 17
Óscares, 4 ao primeiro, 2 ao segundo e 11 concedidos ao terceiro, igualando-o
aos recordes de Titanic e Ben-hur. Em 2012 Peter Jackson lançou o filme O
Hobbit: Uma Jornada Inesperada, que é a primeira de três partes em que a
história original ficou dividida, Em 2013, é lançada a segunda parte: O Hobbit:
A Desolação de Smaug, e em 2014 é lançada a terceira é ultima parte: O Hobbit:
A Batalha dos cinco exércitos.
Em 1936 Tolkien publicou alguns
trabalhos numa revista escolar em Oxfordshire, Abingdon Chronicle. Em 2016
foram redescobertos o "The Story of Kullervo" e dois poemas de "The Shadow
Man" e "Noel". O The Shadow Man, faz alusão a um homem solitário
que viveu sob a sombra da Lua, enquanto o outro, Noel, menciona o senhor da neve.
2 Comentários
A vida e a obra de Tolkien são muito interessantes. Percebe-se claramente a genialidade dele e o grande domínio que tem sobre a linguagem e a literatura. Me encanta o fato de ele ter criado sua própria mitologia e também 2 idiomas. Fui tentar criar um uma vez, dá pra ter ideia de como isso é complicado? hahaha Admiro muito as obras dele, embora tenha tido oportunidade de ler apenas a trilogia do Senhor dos Anéis e o Hobbit. Espero ler os outros livros dele em breve. Gostei muito da publicação, bem escrita e detalhada. Aguardo as próximas!
ResponderExcluirSim Clara Andrade, o Tolkien é extraordinário, na minha opinião o melhor escritor de Literatura Fantástica.
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